sábado, 15 de outubro de 2011

Madre Florzinha


Nas minhas peregrinações por este (e outros) mundo, sempre me deparei com o estranho e o bizarro.
Muitas regiões visitadas estavam repletas de fontes que indicavam que o sobrenatural se fazia presente por lá. Porém, por mais que pareça inusitado, o nordeste do Brasil foi uma das regiões mais ricas em histórias e fatos os quais eu presenciei e registrei, assim, hoje posso relatar sobre eles.
Um dos fenômenos mais assustadores que eu presenciei foi de um espírito do mato, muito semelhante ao Curupira, do folclore brasileiro, mas os cearenses o chamam de... Madre Florzinha...
Essa é a denominação de um espírito do mato que se manifesta nas noites do sertão...
Quando você estiver no sertão do Ceará, lembre-se de tomar cuidado ao sair para caçar de noite.
Se, durante a caçada, você ouvir um assovio de gelar a espinha, tenha certeza que se trata dela! Dizem os matutos que, quando o assovio estiver longe, ela está perto, e quando o assovio estiver perto, ela está longe.
A Madre Florzinha fica se movendo em círculos em volta dos caçadores enquanto assovia...
Aquele silvo parece estar todo a sua volta ao mesmo tempo, se esgueia  no meio do matagal como uma cobra, rápido e sorrateiro, desorienta os caçadores e os cães de caça, que, totalmente perdidos, não sabem para onde fugir, tomados pelo terror, nem se livram do assovio que vai e vem, num longo lamuriar.
Mas, se o caçador tem uma grande sorte e encontra o abrigo, como por exemplo, uma casa, esta casa será alvo de pedradas no telhado durante toda a noite... Aqueles que tiveram mais coragem e foram verificar o autor dos arremessos nunca o encontraram, apesar de dezenas de impactos de pedras castigarem o telhado a noite inteira.
Alguns podem dizer que é imaginação, ou o vento, ou outra explicação totalmente imprecisa.
De uma coisa eu estou certo: Nem minha imaginação e nem o vento assoviam à minha volta para me desorientar nem atiram pedras no meu telhado. Para que isso aconteça conforme foi relatado, a origem desses efeitos têm de estar... Além da imaginação!

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